Ser um developer significa que nunca se pára de aprender. O mundo do Front-end e desenvolvimento web move-se bastante depressa devido às novas tecnologias emergentes, APIs e bibliotecas que estão a mudar a área.

No back-end, algumas aplicações duram para sempre. Uma vez montado o servidor, é possível deixá-lo correr durante um longo período de tempo sem interrupções. Algumas tecnologias back-end, como Java, PHP, Ruby etc., duram décadas e ainda estão a ser utilizadas nos dias de hoje.

Front-end, no entanto, é uma história completamente diferente. As tendências de desenvolvimento tecnológico estão em constante mutação devido ao desenvolvimento de novas frameworks que, em contrapartida, pode provocar a descontinuidade de algumas aplicações, fazendo com que elas dependam de outras ferramentas.

Isto acontece parcialmente devido ao fator “user experience” dentro do desenvolvimento do front-end. As empresas investem na criação de produtos e experiências baseadas no contínuo feedback dos consumidores, passando a ser responsabilidade partilhada entre todas as equipas da organização.

Isto significa que, para clientes e utilizadores, o código é uma ferramenta, não o objetivo em si.

É por isso que alguns browsers evoluem e perdem apoio: motivo pelo qual as user interfaces estão a mudar a sua estética, e porque há outros fatores importantes, para além do código, como os testes de performance, velocidade de browser, testes de código entre outros.

Com isso em mente, este artigo mostra o que se pode esperar para a entrada da nova década.

Produto com o utilizador final em mente

Enquanto front-end developer, o mais provável é trabalhar no desenvolvimento de websites e produtos online através de HTML/CSS, JavaScript, e outras linguagens. Depois disso, torná-las atrativas, construindo-as através de mockups  da user interface.

Mas o grande objetivo é o quão bem o utilizador abraça o produto e de que forma é que o mercado pretendido lhe responde. Se não resolver os seus problemas a empresa irá eventualmente parar de investir. Por esse motivo, a solução final precisa de ser desenhada com a necessidade do mercado em mente.

Os front-end developers precisam de saber quem vai usar o seu produto e começar por aí, tendo em conta as seguintes questões:

  • Qual é o problema específico que o utilizador está a tentar resolver?
  • Quais são os seus objetivos?
  • Quais são os pontos de stress em termos de design e usabilidade?
  • De que forma é possível facilitar?

A ideia é ter front-end developers mais envolvidos em todo o processo e ter um melhor entendimento das necessidades do utilizador, comportamentos, motivações, entre outros. Ao ter isso em linha de conta, os front-end developers podem tem uma abordagem mais direta com um design centrado no cliente.

Aumentar o foco na usabilidade

Um bom produto final é essencialmente claro, tira vantagens de convenções e providencia uma interface prática.

Front-end development não é apenas JavaScript e as ações que os utilizadores fazem. O grande plano também precisa ser consistente, ter uma hierarquia visual e ser de simples navegação.

Os utilizadores podem percorrer as webpages para conseguir encontrar a informação mais relevante, e estas precisam acomodá-la. É confirmado que, em média, o utilizador apenas lê 28% do texto. Grande parte, apenas vê a webpage num padrão de F.

Por isso, essencialmente pesquisam a webpage da seguinte forma:

  • As primeiras linhas de texto e headings;
  • Call to action ou elementos que se sobressaiam;
  • A informação mais importante.

A navegação precisa de ser clara e lógica na perspetiva do utilizador.

Mobile First – O user interface que faz sentido

Mobile first pode ajudar os developers a criar uma experiência consistente e clara para todos os dispositivos, se fizer sentido e for bem feito. Embora o número de pessoas a navegar nos dispositivos móveis esteja a aumentar, muitos websites ainda não estão otimizados para esta realidade.

Idealmente, o mobile first não deve ser apenas a versão de desktop diminuída. Quando ao desenvolver um website com mobile first em mente, os developers têm a necessidade de ter em consideração o quão confortável a experiência é em termos de sliding, tapping, entre outros.

Em contrapartida, isto impacta todas as formas e elementos numa webpage que pode ter um modo diferente de interação mediante o dispositivo. A área de toque mais conveniente é geralmente a área inferior do ecrã, por isso os developers precisam de considerar em termos de scroll horizontal e vertical.

Apesar dos usos específicos do mobile first poderem variar de indústria para indústria, ainda há práticas que devem ser consistentes em todo o front-end:

  • Botões de compra acessíveis (Call to Action);
  • Acessos de e-mail que não disturbem a experiência mobile;
  • Elementos interativos claros e atrativos durante o scroll;
  • Visuais de alta qualidade baseado no mobile swipping.

À medida que o mobile ganha cada vez mais popularidade, o front-end do website precisa de estar preparado para gerir todos os requisitos exigidos. Se os utilizadores podem navegar num website de uma forma infalível e no final ter um call to action, então o website está de facto totalmente otimizado para mobile.

Apesar da área de front-end development ainda manter algumas aplicações constantes, existem várias mudanças especificamente dentro das bibliotecas e frameworks a serem implementadas. Ao abordar corretamente estas novas questões, os utilizadores serão capazes de seguir de uma forma fluída todo o conteúdo até ao call to action, afetando diretamente a taxa de conversão do website.

Escrito por EDIT.

A indústria de software está a crescer e a amadurecer a cada dia que passa. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos e serviços estão a emergir, e o comportamento do consumidor acompanha essa mudança. Apesar de não ser tão notória, ela está a acontecer.

Neste âmbito, o User Interface e User Experience apresentam-se como a base dos produtos de software. Quer seja uma web app ou mobile, são a primeira coisa que o utilizador vê e se não lhe proporcionarem uma boa experiência o mais provável é que todo o tráfego se perca muito rapidamente.

Neste artigo iremos abordar as tendências que vão dominar 2020 no campo de UX/UI, para que ninguém fique atrás nesta corrida.

Design Simplista e Espaços Brancos

Diversas empresas acreditam que ter um design simplista fornece a máxima complexidade, por isso muitos negócios estão a adotar esta abordagem de modo a permanecerem relevantes.

Ter um design simples significa oferecer diferentes coisas a diferentes tipos de pessoas mas, no geral, refere-se à utilização extensa de espaços brancos, o que significa que não existe um elemento que permita a distração da hierarquia visual.

Ter uma palete limitada de cores com mais conteúdo numa única página pode ser considerada uma abordagem informal e minimalista. O design minimalista pode também ajudar a melhorar a velocidade assim como o desempenho do site, especialmente em mobile.

UX Writer: Microcopy para a vitória

Enquanto que o visual design é importante, são sempre necessárias comunicações escritas claras para coincidir com o tom, estilo e objetivo do UX/UI design. A partir do momento que o facto de retirar uma simples palavra pode disparar a conversão ou as bounce rates, a importância de um UX Writer não deve ser subestimada.

Construir conteúdo UX para leitores digitais não é uma skill inata. O microcopy é quase como poesia, mas muito menos ambígua. Depois temos a tipografia, tom e a busca das meta tags certas. É toda uma ciência e apesar de ser uma skill separada do UX/UI design, esta está relacionada.

Para muitas empresas, isto é demasiado trabalho para um UX/UI designer lidar em conjunto com as suas responsabilidades, por isso, para assegurar que o texto e design são ambos atrativos e claros, o UX Writter e o UX/UI designer devem ser pessoas e trabalhos distintos que se fundem através do esforço colaborativo entre o design e a redação.

Recolha de dados

Recolher dados de utilizadores nunca foi um fator essencial para negócios pois nunca consideraram o que os utilizadores querem realmente do seu site. Esses dados nunca foram utilizados para moldar um site, por isso, em 2020 irão haver novas formas de utilizar essa informação.

A recolha dos dados pode moldar o mundo do web design em 2020, fazendo com que surjam mais web designs baseados nos dados de utilizadores. Se o desempenho for mais funcional e o interface testado para analisar as respostas dos utilizadores, implementando isso com o web design, será possível fornecer uma user experience fantástica aos visitantes.

Voice User Interface

Voice User Interface refere-se à utilização do reconhecimento de voz ou à transformação de discurso em texto para ajudar os utilizadores a interagir com a app através da voz. Alguns exemplos de voice user interface inclui assistentes virtuais como é o caso da Alexa, da Amazon, que é utilizada no quotidiano. Nos últimos anos, os assistentes virtuais conseguiram mudar a nossa experiência digital de uma forma positiva.

A vantagem mais significativa na utilização de VUI é a eliminação do requisito para um user interface gráfico e complementa o site com um novo método de comunicação, ao mesmo tempo que melhora a experiência do utilizador para todo um novo nível.

Animações ou micro-interações

Micro interações são geralmente pequenos elementos de design, mas que podem ter um grande impacto no web design por criar um elemento “humano”, o que provoca satisfação na audiência.

Embora as animações já tenham sido usadas em 2019, ainda é possível encontrar novas utilizações em websites e apps, assim como logos animados, ilustrações e textos. Todas as micro-interações usadas num web design contam uma história, definem a atmosfera, e ajudam a criar uma imagem de marca.

Não significa que seja necessário a utilização de animações ou micro-interações em todas as webpages. As melhores animações são aquelas que estão desenhadas a fim de manter a intenção e interesse do utilizador. São também pequenas e rápidas de modo a que ele não tenha que esperar demasiado.

Modelos a 3D e Rendering

Nem todas as tendências são novidade. O que acontece é que algumas demoram até chegar às “luzes da ribalta”. Uma delas é a modelação 3D e o rendering. Não é que não estivesse disponível anteriormente, contudo não se encontrava acessível a muitos designers e por esse motivo é que não era implementada em sites.

Com o desenvolvimento tecnológico, o custo da modelação 3D e rendering irá baixar significativamente e em breve será possível encontrar diversas ferramentas de software no mercado para o design 3D. Mesmo quem não tem experiência será capaz de criar tais designs em 2020.

Assim, depreendemos que a indústria tecnológica vai continuar a fazer o que faz de melhor: inovar. As tendências do Web Design vão mudando com o passar do tempo, mas algumas delas irão inovar o User interface e User experience design e aumentar a competitividade entre as empresas. Este artigo permitiu destacar algumas das que irão dominar o ano de 2020, para que seja possível estares um passo à frente na corrida. 🙂

Escrito por EDIT.

Com as atualizações constantes, novas técnicas e mudanças de algoritmos, os digital marketers estão sempre a procurar uma forma de acompanhar esta evolução. Ter atenção às tendências emergentes é uma parte essencial para que as empresas se mantenham relevantes.

Neste sentido, e com a chegada de uma nova década, partilhamos as maiores tendências para 2020, originalmente publicadas pela Forbes.

Publicações de compra

As redes sociais tornaram-se uma parte integrante do marketing online. O que pode não ser tão óbvio ainda é a quantidade de pessoas que fazem compras nas plataformas de social media.

Felizmente para as empresas e comerciantes, as redes sociais tornaram-se mais fáceis de utilizar para que seja possível o alcance dos seus clientes. Quer seja o Facebook, Instagram ou Pinterest, existem agora formas para as empresas de E-commerce criarem publicações que permitam a realização de compras diretamente através destas.

Com a quantidade de informação e de distrações que temos à nossa volta, captar a atenção do utilizador é essencial. A personalização permite, não só alertar o utilizador, como fazê-lo sentir-se especial ao pensar que a marca está a dirigir-se só a ele.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Recentemente, a realidade virtual e realidade aumentada tornaram-se extremamente populares e estão a emergir como tendências no marketing. Em 2020, espera-se que a realidade aumentada ultrapasse a virtual em termos de popularidade, apesar desta ter tido uma liderança inicial.

Grandes empresas estão a utilizar a realidade aumentada na sua estratégia de negócio. Por exemplo, o Ikea tem uma app que permite ao consumidor verificar se a peça de mobiliário irá combinar no espaço destinado da sua casa antes de proceder à compra.

Conteúdo Interativo

Atualmente o consumidor está à procura de novas experiências no que diz respeito ao online e, para muitos, isso significa mais conteúdo interativo e visual. Existem diversas razões, como:

  • Conteúdo interativo é diferente e novo, por isso, tem um maior destaque;
  • Este tipo de conteúdo faz que o cliente se mantenha no site durante mais tempo;
  • Conteúdo interativo é altamente partilhável, e ao ser feito pelos utilizadores, isso aumenta a visibilidade da marca;
  • É simplesmente mais atraente, o que faz com que seja mais apreciado do que qualquer outro tipo.

Personalização

2020 vai ser o ano do marketing personalizado. Os consumidores estão aptos para ignorar anúncios genéricos que não estabelecem qualquer tipo de ligação com eles, fazendo com que os meios mais convencionais de publicidade se estejam a tornar cada vez menos eficazes. E a solução é: personalizar!

Existe uma maior probabilidade de reter um cliente através da personalização pois faz com que ele se sinta único e especial para a marca.

Google Ads Smart Bidding

Quem está envolvido com marketing digital está familiarizado com a automação, no entanto a Google anunciou que as atualizações no Google Ads irão acabar por levar até essa automação e o smart bidding irá tornar-se o novo normal.

O Google Ads utiliza um sistema mecânico de aprendizagem de forma a que as licitações sejam otimizadas. Isto permite novas possibilidades de ajuda para maximizar a conversão.

Enquanto que existem diversas tendências a ter em atenção, não quer dizer que métodos mais tradicionais se tenham tornado de todo obsoletos. Existem vários que foram importantes e irão continuar a sê-lo em 2020.

Marketing de Conteúdo

Durante anos o mantra do marketing digital foi “ O conteúdo é a chave”. Ao entrar em 2020 isto irá continuar a ser verdade. Conteúdo de alta qualidade permite mostrar experiência nos temas abordados e facilita a comunicação mais confiante com o cliente. O conteúdo é também algo que os motores de busca fornecem no momento de pesquisa, daí ser sempre necessário lançar conteúdo de qualidade.

Conteúdo Visual

O consumidor tende a responder a conteúdos visuais, fazendo com que o vídeo tenha sido uma ferramenta importante no ano de 2019, assim como será no ano 2020, e para além disso.

Não se pode deixar de destacar o conteúdo de vídeo live. Em média, os vídeos do Facebook Live ou Instagram Live faz com que os consumidores mantenham a atenção durante o triplo do tempo em relação a vídeos editados. O tempo médio diário de visualização no Facebook Live quadruplicou num único ano, e produzem seis vezes mais interações do que vídeos tradicionais.

Posicionamento 0 no SERP

Ser o número 1 deixou de ser o objetivo principal. O lugar de topo no SERP é agora a posição zero, um fragmento de texto que é apresentado acima dos resultados de busca. Esta posição oferece a informação pretendida relacionada com a busca, oferecendo também o link para a página de onde a informação foi retirada.

A posição zero é o primeiro, e talvez único resultado que os utilizadores irão ver, como tal, é altamente cobiçada e deve ser o foco dos esforços feitos.

Apesar de muitos donos de empresas ou negócios gostarem do facto de o marketing continuar a mudar a uma velocidade cada vez mais rápida, aqueles que estão dispostos a acompanhar, adaptar e evoluir, são os que irão continuar a atrair clientes no mundo digital.

Escrito por EDIT.