Até há pouco tempo atrás, a realidade virtual estava praticamente apenas relacionada com tecnologia e fantasia, aplicada a jogos e filmes.

A era atual da realidade virtual começou inclusivamente no ano de 2010, quando um jovem americano chamado Palmer Luckey criou o primeiro protótipo de um VR (Virtual Reality) headset que evoluiu para o denominado Oculus Rift. Quando o mesmo lançou uma campanha de crowdfunding para o comercializar, renasceu o interesse da indústria tecnológica neste campo. Em 2014, Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, comprou a empresa que detinha o Rift por 2 mil milhões de dólares.

Assim, nos dias de hoje, para além do entretenimento, a VR apresenta um grande conjunto de opções para o campo dos negócios.

Um exemplo são as visitas virtuais, ou virtual tours, onde os consumidores observam os produtos juntamente com uma história. Um destes casos é a indústria das viagens: indo muito mais além das fotografias, é agora possível que o consumidor experiencie um dia de praia nas Maldivas através da visualização de um vídeo 360 realizado na praia. Aqui, a VR permite criar uma experiência de férias “real”, que mais facilmente convence o consumidor a comprar a viagem.

 

Outro bom exemplo são os eventos, onde os stands de realidade virtual não só ajudam a diferenciar a marca ou empresa, mas também a atrair a atenção do público. É possível mostrar atividades ou funcionalidades que sejam menos acessíveis, a potenciais clientes, através de vídeos de 360 graus.

Também no que toca aos vídeos institucionais/de apresentação da empresa, a VR consiste numa alternativa disruptiva, apresentando uma excelente forma de dar aos potenciais clientes uma melhor impressão do negócio, dando-lhes a oportunidade de viajar pelos escritórios ou pela fábrica, apresentá-los aos colaboradores, e mostrar o que fazem no dia a dia. Aqui, estarão a colocar o público como participante em toda a atmosfera e experiência da empresa, em vez de ser apenas um mero observador.

O que virá a seguir?

Sendo uma tecnologia, a realidade virtual já acarreta décadas de experimentação e promoção, apesar de que hoje ainda consiste na última geração de dispositivos no mercado. Isto significa que bastará aguardar para que a tecnologia cresça e melhore para que o conteúdo a ela associado se torne mais atrativo e financeiramente mais acessível.

O potencial da realidade virtual ainda está a ser explorado por centenas de developers, designers de jogos e cineastas no mundo inteiro, mas não restam dúvidas de que este novo mundo virtual continuará a ganhar cada vez mais importância no entretenimento, informação e comunicação do futuro.

A mais conhecida plataforma de prototipagem, colaboração e workflow a nível internacional, InVision, apresenta aquela que denomina “a ferramenta de design de ecrã mais poderosa do mundo”.

Hoje em dia, as ferramentas de design nem sempre vão ao encontro das necessidades dos designers e das suas equipas. Inclusivamente, “a natureza fragmentada destas ferramentas pode levar a um workflow desarticulado e desorganizado”. Foi para dar resposta a esta necessidade que a plataforma criou o InVision Studio: um instrumento que proporciona um “ambiente unificado de design de produtos digitais com características que fortalecem a criação e colaboração como nunca antes”.

O objetivo será permitir às equipas de design terem mais tempo e energia para se focarem no desenvolvimento de grandes experiências digitais, dando-lhes oportunidade de potenciar a sua visão e trabalho em fasquias mais altas. Concretamente, irá incluir funcionalidades como um mecanismo de layout adaptável que facilita o responsive design, prototipagem rápida e animações avançadas para o design de movimento dinâmico, e também sistemas de design compartilhados que proporcionem uma melhor colaboração.

“Quando a nossa equipa do Studio aceitou o desafio de criar uma nova e arrojada solução para os obstáculos enfrentados pelos designers, fizeram-no com a profunda apreciação pela arte e ciência do design de produto digital”, refere a InVision. Tal foi possível inclusivamente através de insights adquiridos por via do trabalho próximo com algumas das melhores equipas de design do mundo, encontrando inspiração nestas, como é o caso da Airbnb:

This latest addition will absolutely help us streamline our process and close the gap between first design and final product.  – Lucas Smith, Airbnb Design Tools Manager

Janeiro de 2018 é a altura prevista para o lançamento do InVision Studio, e quem estiver interessado em ser dos primeiros a ter não só novidades como também acesso ao Studio, poderá inscrever-se através do formulário disponível aqui.

Invision + IBM

As novidades InVision não se ficam apenas pelo Studio. A plataforma apresenta também, e ainda este ano, “THE LOOP”, o filme sobre a história da gigante IBM e de como esta se transformou através do design thinking. O filme estreou este mês, e pode ser visto aqui.

Zalando SE é uma plataforma digital alemã dedicada ao mundo da moda que nasceu e vingou com uma ideia disruptiva: a venda de sapatos online. Após ouvirem inúmeras vezes que ninguém compraria sapatos sem poder experimentá-los primeiro, Robert Gentz e David Schneider não se deram por vencidos e deram o passo em frente.

Nove anos e milhares de transações depois, a empresa continua a crescer e a expandir a sua pegada tecnológica. Recentemente, a Zalando anunciou a abertura do terceiro Tech Hub internacional e a cidade escolhida para acolher o espaço foi a capital portuguesa, Lisboa.

A abertura está marcada para o início do ano de 2018 e vão ser criadas 50 vagas de emprego, só no seu primeiro ano de operações. Marc Lamik, Head of Innovation and Partnerships da Zalando, justifica a escolha da cidade, dado que Lisboa oferece “um ótimo ambiente” e apresenta um “ecossistema tecnológico que permitirá atrair o talento que precisam”. Adicionalmente, afirma que esperam estabelecer “trocas proveitosas com a comunidade local de startups”.

 

 

O principal objetivo desta equipa local será o foco na experiência digital da Zalando Fashion Store, permitindo dar resposta ao incremento das operações da plataforma e ofertas digitais, estabelecendo assim uma melhor e maior conexão entre os consumidores e a moda. Neste seguimento, Marc Lamik refere ainda que “à medida que o comércio eletrónico se desenvolve, o comportamento do consumidor torna-se cada vez mais sofisticado. Portanto, é essencial estar no topo das inovações digitais e oferecer a melhor experiência de compra geral.

Concretamente, o papel deste novo hub em Lisboa será desenvolver uma experiência digital relevante para os clientes da Zalando Fashion Store. Por isso, a plataforma já se encontra a recrutar Front-end e Backend Software Engineers, Product Managers e UX Designers para trabalhar nos seus produtos e funcionalidades, como a personalização e introdução de componentes sociais e influenciadores de moda.

A Zalando, que conta com mais de 1800 colaboradores, tem instalações situadas na Alemanha, Irlanda e Finlândia, e a loja online está disponível em 15 mercados europeus atualmente.

Para aceder às vagas disponíveis para o Tech Hub da Zalando em Lisboa, basta aceder aqui: https://goo.gl/CjGd4g