Cerca de 43% da população ativa, ainda que por vezes em regime parcial,  é composta por pessoas que trabalham remotamente.

Esta tendência surge na sequência da necessidade de se encurtar o tempo gasto em deslocações, assim como no desejo de se ganhar maior flexibilidade sem abdicar dos benefícios de um vínculo laboral.

Esta prática é também aceite pelas empresas, conscientes de que esta autonomia gera felicidade no colaborador e consequentemente uma maior produtividade. A possibilidade de recrutar além-fronteiras é ainda outra vantagem tida em consideração.

Não é, contudo, um assunto consensual e algumas divergências entre empregado e empregador tendem a persistir:

– Quem trabalha remotamente não faz parte integrante da cultura da empresa

Cada vez mais as empresas tentam criar uma cultura interna própria, fomentando o convívio entre os seus colaboradores e a formação de equipas em sintonia. Quem trabalha remotamente não tem acesso a esta dinâmica, o que nem sempre é bem visto pelas empresas.

É necessário, no entanto, alargarmos as nossas perspetivas e aceitarmos que nem todas as pessoas se sentem confortáveis com esta interação pessoal com colegas, o que não vem de forma alguma retirar valor ao seu trabalho. Permitir que estas mesmas pessoas trabalhem da forma pretendida poderá ser um otimizador de moral e desempenho.

– O trabalho remoto reduz oportunidades de carreira e crescimento

Esta questão depende muito das funções exercidas e dos nossos objetivos em termos de carreira.

Algumas funções, como por exemplo de um supervisor de equipa , requerem a presença física do colaborador, sendo o trabalho remoto um obstáculo.

Aqui cabe ao funcionário perceber estas limitações e à empresa criar e comunicar expectativas reais.

– Trabalho remoto reduz a comunicação deficiente

Com as ferramentas existentes não há justificação para a existência de falhas de comunicação. O Slack ou ou Skype são atualmente um veículo de comunicação eficaz e utilizado pela maioria das empresas e suas equipas.

Ainda assim, aqui ficam algumas dicas para minimizar essa distância:

– implementar ferramentas de comunicação comuns a todos os colaboradores

– explorar novas tecnologias que melhorem a comunicação

– organizar pontualmente reuniões presenciais

 – Funcionários remotos devem estar disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana

Esta realidade é não apenas assumida pela entidade empregadora mas também muitas das vezes pelo próprio colaborador que considera ter que compensar de alguma forma a benesse concedida.

Isto resulta muitas vezes em solicitações pouco razoáveis por parte do empregador e por forma a minimizarmos estas situações de desigualdade, é fundamental uma comunicação clara entre ambos, gerindo desta forma expectativas  de parte a parte.

–  O trabalho remoto diminui a produtividade

Ainda persiste em alguns chefes a mentalidade de que a falta de supervisão direta resulta na diminuição da produtividade.

Esta relação já foi comprovadamente renegada por diversos estudos. Na realidade, e para além de ser comprovado que satisfação gera produtividade, existe uma outra série de fatores que fundamentam esta realidade.

Num escritório convencional somos  consecutivamente interrompidos por colegas que solicitam a nossa ajuda ou apenas a nossa atenção.

Trabalhando remotamente podemos facilmente evitar estas situações, focando-nos numa tarefa e terminando-a num tempo útil inferior e com uma qualidade superior.

 

Caso estejas a considerar trabalhar remotamente deverás fazê-lo de forma consciente e esperamos que estas dicas te sejam úteis. 😉

 

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