A tecnologia, a robótica e a inteligência artificial fazem parte do nosso dia e a dia e são indissociáveis da palavra futuro e de qualquer temática a ele associada.

Mas esta mudança e este avanço não nos podem deixar esquecer de uma parte que nos é inerente e fundamental, o nosso lado humano e social.

Com todos os avanços tecnológicos torna-se urgente encontrarmos um equilíbrio que preserve a identidade do indivíduo, das suas capacidades e fragilidades e isso também é aplicável no mercado de trabalho e nas próprias instituições.

Na realidade, há uma crescente preocupação generalizada das pessoas, das empresas e dos próprios governos em fazer face a esta realidade, ambicionando mais do que o proveito financeiro com a consciência de que o mesmo depende exclusivamente de nós, seres humanos.

É neste panorama que as chamadas empresas sociais ganham terreno, focando-se na correlação entre a autossustentabilidade das empresas e a natureza humana, promovendo mudanças positivas para a sociedade em geral.

A empresa social está aqui…

 Com base no relatório Global Human Trends  2019 , conclui-se que o papel da empresa social está mais sólido do que nunca e em franco crescimento. Os líderes assumem na sua grande maioria uma crescente preocupação com os problemas inerentes à vertente social e humana e constatam uma relação direta entre esta temática e o bom desempenho financeiro das suas empresas.

 … mas está em mudança

 Tendo em mente este futuro do mercado de trabalho, as empresas sociais emergentes concentram e orientam as suas iniciativas para esse propósito e deparam-se com as dificuldades em conciliar o crescente caos tecnológico, social, económico e político, com foco no trabalhador. É aqui que surge o maior desafio para as organizações, que se deparam com a urgência de repensar e reinventar todos os processos, metodologias e por vezes até a própria identidade.

A experiência social e humana passa a ser uma exigência dos colaboradores e uma prioridade das instituições. Procurar melhorar a experiência dos funcionários, proporcionando um equilíbrio otimizado entre a vida pessoal e profissional é um desafio das instituições, conscientes de que a produtividade destes, é proporcional à sua satisfação.

Uma política de incentivos em torno deste tão referido equilíbrio, de permitir a cada indivíduo que se exprima na sua própria individualidade retirando partido das suas potencialidades e respeitando as suas vulnerabilidades, é visto como o caminho para o sucesso de uma instituição.

A motivação de uma equipa é muito mais elevada quando se sente valorizada, estimulada por intermédio de incentivos, formação e tratamento individualizados e essa perceção de se sentir apreciada conduz a uma maior criatividade, empenho e inovação.

 

Tendo em consideração o que foi dito acima, podemos resumir que os receios gerados pelo avanço tecnológico desenfreado, nomeadamente no que se refere à possibilidade de sermos substituídos por essa mesma tecnologia, têm que ser amenizados por um trabalho acrescido dos líderes em encontrar a combinação perfeita destes dois elementos, o tecnológico e o humano.

É aqui que está a chave para que possamos retirar o maior proveito desta realidade e criarmos condições para o desenvolvimento económico e para o crescimento pessoal dos indivíduos . “Para serem empresas sociais, as organizações precisam finalmente ser humanas”.

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