Mês: Dezembro 2018
Trabalhar remotamente: pela visão dos empregadores e dos empregados
Cerca de 43% da população ativa, ainda que por vezes em regime parcial, é composta por pessoas que trabalham remotamente.
Esta tendência surge na sequência da necessidade de se encurtar o tempo gasto em deslocações, assim como no desejo de se ganhar maior flexibilidade sem abdicar dos benefícios de um vínculo laboral.
Esta prática é também aceite pelas empresas, conscientes de que esta autonomia gera felicidade no colaborador e consequentemente uma maior produtividade. A possibilidade de recrutar além-fronteiras é ainda outra vantagem tida em consideração.
Não é, contudo, um assunto consensual e algumas divergências entre empregado e empregador tendem a persistir:
– Quem trabalha remotamente não faz parte integrante da cultura da empresa
Cada vez mais as empresas tentam criar uma cultura interna própria, fomentando o convívio entre os seus colaboradores e a formação de equipas em sintonia. Quem trabalha remotamente não tem acesso a esta dinâmica, o que nem sempre é bem visto pelas empresas.
É necessário, no entanto, alargarmos as nossas perspetivas e aceitarmos que nem todas as pessoas se sentem confortáveis com esta interação pessoal com colegas, o que não vem de forma alguma retirar valor ao seu trabalho. Permitir que estas mesmas pessoas trabalhem da forma pretendida poderá ser um otimizador de moral e desempenho.
– O trabalho remoto reduz oportunidades de carreira e crescimento
Esta questão depende muito das funções exercidas e dos nossos objetivos em termos de carreira.
Algumas funções, como por exemplo de um supervisor de equipa , requerem a presença física do colaborador, sendo o trabalho remoto um obstáculo.
Aqui cabe ao funcionário perceber estas limitações e à empresa criar e comunicar expectativas reais.
– Trabalho remoto reduz a comunicação deficiente
Com as ferramentas existentes não há justificação para a existência de falhas de comunicação. O Slack ou ou Skype são atualmente um veículo de comunicação eficaz e utilizado pela maioria das empresas e suas equipas.
Ainda assim, aqui ficam algumas dicas para minimizar essa distância:
– implementar ferramentas de comunicação comuns a todos os colaboradores
– explorar novas tecnologias que melhorem a comunicação
– organizar pontualmente reuniões presenciais
– Funcionários remotos devem estar disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana
Esta realidade é não apenas assumida pela entidade empregadora mas também muitas das vezes pelo próprio colaborador que considera ter que compensar de alguma forma a benesse concedida.
Isto resulta muitas vezes em solicitações pouco razoáveis por parte do empregador e por forma a minimizarmos estas situações de desigualdade, é fundamental uma comunicação clara entre ambos, gerindo desta forma expectativas de parte a parte.
– O trabalho remoto diminui a produtividade
Ainda persiste em alguns chefes a mentalidade de que a falta de supervisão direta resulta na diminuição da produtividade.
Esta relação já foi comprovadamente renegada por diversos estudos. Na realidade, e para além de ser comprovado que satisfação gera produtividade, existe uma outra série de fatores que fundamentam esta realidade.
Num escritório convencional somos consecutivamente interrompidos por colegas que solicitam a nossa ajuda ou apenas a nossa atenção.
Trabalhando remotamente podemos facilmente evitar estas situações, focando-nos numa tarefa e terminando-a num tempo útil inferior e com uma qualidade superior.
Caso estejas a considerar trabalhar remotamente deverás fazê-lo de forma consciente e esperamos que estas dicas te sejam úteis. 😉
Como incrementar o crescimento de uma startup num mundo inflacionado
Uma estratégia de crescimento desadequada pode deitar por terra todo o esforço despendido na fase inicial de lançamento de uma empresa.
Na realidade, uma estratégia de crescimento prematura é apontada como a principal causa de fracasso das startups.
Neste artigo originalmente publicado pela Forbes, são enumeradas 4 formas simples para garantires o crescimento da tua empresa neste mundo cada vez mais inflacionado. Tom Kulzer, CEO e fundador da Aweber e, Anton Mishchenko, cofundador e CEO da YouTeam, facultaram insights valiosos, baseados na sua própria experiência:
1.Utilizar marketing “boca-a-boca”
Para quem pretende avançar com um negócio sem recorrer a investidores, mantendo total controlo da empresa, é fundamental perceber de que forma pode aumentar a base de clientes.
A Weber, a título de exemplo, optou por não investir numa grande campanha de marketing, utilizando o forte poder do marketing direto efetuado por clientes satisfeitos que tendem a trabalhar com uma rede de network diversificada.
A fidelização de clientes satisfeitos e de sucesso continua a ser uma importante fonte de boa publicidade.
2.Agilizar processos
Ter clientes satisfeitos é importante, mas por si só não é suficiente. É fundamental a criação de uma estrutura adequada que garanta a continuidade do fornecimento de serviços e experiências positivas a cada um dos clientes.
Segundo Mishchenko, “Construir uma startup é como andar numa bicicleta partida, em que temos que pedalar e consertar em simultâneo.(…) Uma vez em movimento, o truque é ter processos simplificados e de alta qualidade para tudo o que a empresa faz ou planeja fazer”.
Os processos utilizados devem ser de fácil compreensão , descrevendo cada etapa a ser executada por forma a que a tarefa seja concluída com êxito.
Garantir a agilização dos processos não só facilitará a adaptação de novos colaboradores como contribuirá para que cada processo de negócio esteja alinhado com as metas finais da startup.
3.Contratar serviços externos e automatizar
Não podemos assumir todas as tarefas mas isso não significa que tenhamos que contratar colaboradores a tempo inteiro para a execução das mesmas.
Por vezes para garantirmos a conclusão atempada de um determinado projeto ou para colmatar uma necessidade pontual podemos e devemos por exemplo, recorrer a trabalhadores independentes que trabalhem remotamente. Existem neste momento muitas opções disponíveis no mercado e utilizar estes recursos menos dispendiosos libertam-nos para nos dedicarmos a tarefas mais importantes que contribuem diretamente para o crescimento da empresa.
4.Construir a equipa certa
Torna-se inevitável, com o crescimento da startup, a contratação de novos colaboradores. Este processo em si tem uma margem de erro considerável e chegar à fórmula certa leva o seu tempo.
Compreender se aquela pessoa é o investimento certo para as funções a desempenhar não é uma tarefa simples.
No caso de uma startup é peremtória a contratação de profissionais motivados, inovadores e que tenham entusiasmo em crescer com o negócio. Assumir o erro de uma contratação e ter a capacidade de com rapidez solucionar essa falha é igualmente decisivo.
Implementar o crescimento de uma startup representa uma oportunidade mas também uma decisão de risco.
Utiliza as informações indicadas para orientares a tua estratégia e por forma a garantires o alcance de novos clientes e desafios enquanto manténs as finanças da tua startup em dia. 🙂